segunda-feira, 22 de julho de 2013

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome"
Perto do coração Selvagem - Clarice Lispector.




Não sei em qual momento esqueci
meu nome pichado naquele muro
talhado naquela árvore
espalhado em pedaços de papéis ao chão

Esqueço de juntar os sinais
e me entrego ao caos
como ordem

Vez por outra o tempo me cobra
interroga de mim o rumo
a seta à seguir
a voz à ouvir

Vez por outra pássaros
que me encantam e amedrontam
pousam sob minha janela
me convidando ao mergulho

Convite ao voou
e as incertezas
dentro de um azul
Clariciano
(desses que não tem nome.)



Um comentário:

Adsonzinho disse...

depois que li essa poesia, senti bem lá no fundo um suspiro. daqueles que nos cala, e nos faz levitar..

agora o vento não me deixa pousar!