quarta-feira, 13 de abril de 2011

Quanto mais noite, mais cerveja.

Noite, quase frio, e algo inquieta meu coração. Uma ansiedade contida como um grito sem som. Retrato absoluto de coisas sem direção, meio paradas, meio andando, cortadas ao meio. Não quero o amargo da cerveja (!), preferia agora um amargo café, daqueles de fabricar saliva no canto da boca. Mas... café não é pra essa hora, e mais uma noite insone não me faria bem. Tenho saudade dos tempos em que o tempo não importava e as horas eram apenas uma exigência cartesiana que eu teimava em ignorar, até que a noite se rompia e eu era vencida pelo sol, dia, pássaros...Algumas vezes era bom, sentia-me salva. Outras vezes, algo me soava como; "mais um dia..."
Fui criada pela noite e madrugada, desde criança, sem conseguir pregar o olho, criava histórias e recriava acontecimentos, mais tarde, adolescente passei a ler, ouvir músicas, ver filmes. Depois (semi) alforriada gostava (gosto) de sair, sentir seu ar ameno, ou quente nos verões insuportáveis demais pra dormir, a pedida sempre é encontrar pessoas, beber. A madrugada tem disso, pode ser, leite, café, vinho, cerveja, o que for, mas, algo que umedeça nossas horas. Hoje, enguanto decido qual caminho vou me dar na madrugada, vou me render ao amargo sabor da sedução e começo colocando uma cervejinha no congelador, só pra garantir...Boa noite.

3 comentários:

Anônimo disse...

Minha amiga me mata de orgulho, escrevendo tão lindamente e me fazendo recordar...

just me disse...

Adoro suas palavras.. melhor ainda seria tomar essa cerva com vc x)

Gleilson (Guga) disse...

Amei!!! Me fez lembrar de muita coisa tambem! =)