quarta-feira, 28 de março de 2012



Basta o silêncio dessas poucas horas
nele entrego-me as palavras
como um corpo que arde
e queima

Falar não cessa
há coisas que só podem ser
escritas para enfim existirem

O meu silêncio me aprisiona
e a poesia me liberta

Os meninos em combate
eu no centro
cavalos, sangue e desejos
rogam por uma poesia

Faço os versos com
estranheza e obrigação
pois eles me detêm

Já sinto o alívio
do desapego

Fujam. Desapareçam.


4 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

lindo Abelhota!

Alfredo Rangel disse...

"Os meninos em combate". E eu também.
Beijos

Cocawn disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caio Marcellus disse...

"Faço os versos com
estranheza e obrigação
pois eles me detêm"

Isso expressa bem a "quase" rotina de quem escreve!

Perfeita em sua escrita!